sábado, 5 de março de 2011

Espécies extintas da música brasileira

Embora, bandas inesquecíveis tenham surgido na música brasileira, a década de 90 foi também palco de muitos anônimos passageiros. O fenômeno é tão comum em países como os EUA, que já criaram até um estilo para isso: são os chamados One Hit Wonder. Afinal, quem não se lembra daquelas bandas que repentinamente faziam sucesso, viravam figurinhas estampadas dos programas do Faustão, Raul Gil, Eliana, Gugu, e no mês seguinte simplesmente desaparecem?

Pois é, a razão deste fenômeno é ainda desconhecida pela ciência. Mas, em alguns casos, a natureza e os nossos ouvidos agradecem. Aqueles que já tiveram um passado condenável, assim como o seu ilustre autor, preparem-se pois vai ser uma sessão nostálgica!

PEPÊ & NENEM

Muitos que viveram a década de 90 provavelmente irão se lembrar das duas irmãs gêmeas, Pepê e Neném, nos palcos dos principais programas de televisão. Embora muito bem humorada e carismáticas, a dupla sucumbiu a mundo do esquecimento após ser roubada por um empresário que, além de lhes tomar uma bela quantia em dinheiro, deixou o nome das cantoras sujo na praça ao vender shows que elas não fariam.
Após o golpe a dupla precisou vender a casa e morar de favor na casa de amigos. Depois de muito tempo paradas e animando festas infantis, as duas irmãs conseguiram recentemente um investimento para a gravação do disco ‘Imprevisíveis Demais’.


Nada me faz esquecer, Pepê & Nenem

VINNY
Depois de muito pedir para a tiazinha mexer o seu traseiro, Vinny "mexeu a cadeira" pra fora da mídia. Agora sim, duas coisas que muitos jovens por aí provavelmente não fazem idéia do que seja: tiazinha e Vinny. Em uma das parcerias mais patéticas das décadas de 2000, o casamento entre a sensualidade da apresentadora sadomasoquista com a batida repetida do cantor paulistano rendeu muitos bailes de aniversário. Vez ou outra o suposto rockeiro aparece em algum programa de televisão. Mas definitivamente, o que impressiona em Vinny é a sua capacidade de até hoje dar nomes diferentes para as mesmas músicas. 




Uh Tiazinha, Vinny


MAURÍCIO MANIERI
Verdade seja dita, Mauricio Manieri não era um mau cantor, mas a sua tentativa de dar uma cara pop ao soul music durou menos que um pote de Yakult . Durante muito tempo após a estréia, o sucesso não soube mais do paradeiro deste cantor que passou a fazer alguns novos arranjos experimentais. Recentemente o cantor participou de A Fazenda, mas também nesse caso melhor teria sido continuar desaparecido.
 







Minha menina, Maurício Manieri


FAT FAMILY
Para os que não se lembram, esse era aquele grupo formado por 8 irmãos que tinham em comum a obesidade. A banda estourou com o primeiro disco, porém a promessa da nova cara do Rhythm & Blues brasileiro desapareceu. Primeiramente pois o grupo passou a desenvolver hits para filmes infantis da Xuxa e Didi. Porém a sentença final foi a conversão para o lado gospel: os irmãos fizeram cirurgias e dietas e o nome família gorda passou a ser apenas uma recordação dos velhos tempos. Um dos cantores da banda faleceu este ano vítima de um acidente vascular cerebral.
 




Jeito Sexy, Fat Family


TWISTER
Em pleno auge das boy-bands americanas dos final anos 90 e começo dos anos 2000 (leia-se N'Sync, Backstreet Boys e afins), surgiu a banda dos garotos paulistanos que tinham quase tudo para ser a boy-band brasileira. Isso mesmo, quase tudo, porque a diversão dos garotos acabou quando o vocalista foi cantar na prisão após ser descoberto pela polícia traficando drogas. Pois é, o sucesso passou como um vento para o Twister.









40 Graus, Twister


FELIPE DYLON
Naqueles tempos em que Malhação ainda era a sensação teen, esse garoto de sotaque carioca embalava as cenas de romance da novela. Que me perdoeem os fãs (se ainda existem) mas o rapaz nunca foi cantor e nas poucas músicas de sucesso parecia estar passando mal. Assistindo ao fim da sua carreira musical, o cara tentou algumas versões rapper, tentou o estilo metaleiro, tentou ser homem, tentou ser tudo. Mas de toda a sua vasta produção musical a única coisa boa foi ter desaparecido.
 






Deixa Disso, Felipe Dylon

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